De acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de 2021, houve um crescimento do número de funcionários negros entre os anos 2000 e 2019. No entanto, a desigualdade racial ainda persiste, o que reforça a necessidade de políticas de ação afirmativa, como as cotas raciais, para promover a inclusão e a equidade no mercado de trabalho.
O projeto de lei agora segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. A proposta tem gerado debates e discussões acaloradas no Congresso Nacional, com opiniões divergentes sobre a eficácia e a pertinência das cotas raciais. Enquanto alguns senadores defendem a importância das cotas para corrigir as desigualdades históricas, outros acreditam que a medida pode gerar injustiças e discriminações reversas.
A prorrogação das cotas para negros em cargos da administração pública é uma iniciativa que reflete os esforços do legislativo para promover a igualdade de oportunidades e combater o racismo estrutural presente na sociedade brasileira. A inclusão de uma regra específica para mulheres negras nos concursos públicos também é uma medida importante, considerando a dupla discriminação enfrentada por essa parcela da população.
Independentemente das opiniões divergentes, a aprovação do projeto de lei pela Comissão de Direitos Humanos representa um avanço significativo no debate sobre políticas de inclusão e equidade racial no Brasil. A expectativa é que a proposta seja debatida e votada em breve pelo plenário do Senado, contribuindo para a construção de um país mais justo e igualitário para todos os brasileiros.