Os comentários de Kim surgem uma semana após ter advertido que seu país não hesitaria em lançar um ataque nuclear em caso de provocação com armas atômicas. Ele destacou que a situação militar na Península da Coreia se tornou “extrema” devido às ações “sem precedentes” de Washington.
Diante do aumento da cooperação militar entre Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos diante da onda de testes armamentistas dos norte-coreanos este ano, Kim enfatizou a necessidade de intensificar os preparativos de guerra. Ele acusou os Estados Unidos de realizar “ações intencionalmente provocadoras para uma guerra nuclear”, destacando o envio de armas estratégicas para a Península da Coreia.
Os testes armamentistas realizados pela Coreia do Norte ao longo deste ano têm aumentado as tensões na região. O país lançou um satélite-espião de reconhecimento, consagrou em sua constituição a condição de potência nuclear e testou seu míssil balístico intercontinental mais potente, o Hwasong-18.
A afirmação de Kim Jong Un sobre a aceleração dos preparativos de guerra por parte do partido comunista norte-coreano coloca mais pressão sobre a já tensa situação na Península da Coreia. A posição rígida do líder norte-coreano reflete a determinação do país em manter seu programa nuclear e reforçar sua defesa em meio às crescentes tensões na região. A comunidade internacional segue preocupada com as ações do regime de Kim Jong Un e os possíveis desdobramentos desestabilizadores dessas políticas por toda a Ásia.