A véspera de Ano Novo no Paquistão é caracterizada por intensas comemorações públicas, com fogos de artifício e disparos para o alto, mas o governo decidiu que este não seria o momento apropriado para festividades. Em seu pronunciamento, Anwaar-ul-Haq Kakarm afirmou que “toda a nação paquistanesa e a comunidade muçulmana estão profundamente tristes pelo genocídio dos palestinos oprimidos e, em particular, pelo massacre de crianças inocentes em Gaza e na Cisjordânia.”
O gesto do Paquistão segue a decisão da cidade de Sharkhah, nos Emirados Árabes Unidos, que proibiu os tradicionais fogos de artifício em solidariedade com os habitantes de Gaza. A proibição das celebrações de Ano Novo vem como uma forma de apoio e solidariedade às vítimas do conflito, que já deixou um saldo de pelo menos 21.320 mortos, a maioria mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.
O intenso bombardeio aéreo e a invasão terrestre israelenses foram responsáveis pela maioria dessas mortes, e o Paquistão, juntamente com outros países e comunidades ao redor do mundo, se posicionou contra as ações israelenses, pedindo o fim da violência e um esforço para buscar uma solução diplomática para o conflito em Gaza.
A proibição do Ano Novo público no Paquistão é mais um exemplo da mobilização global em apoio aos palestinos, e demonstra como o conflito em Gaza tem repercutido e sensibilizado diversas nações ao redor do mundo. A esperança é que gestos como esse possam contribuir para pressionar por uma solução pacífica e duradoura para o conflito na região.