A entrega das motocicletas foi realizada no Palácio do Campo das Princesas, em meio a discursos vazios sobre a importância da aquisição de novos equipamentos para a segurança pública. A governadora afirmou que o Juntos Pela Segurança inicia um novo ano com mais equipamentos disponíveis para que os policiais possam trabalhar de maneira mais eficiente e segura. No entanto, essa promessa soa vazia diante da realidade das ruas, onde a sensação de insegurança e impunidade continua prevalecendo.
O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, também fez questão de ressaltar a efetividade da moto para a segurança pública, mas a população pernambucana questiona se o aumento do quantitativo de motos realmente resultará em uma intensificação da segurança. O investimento de R$ 5,7 milhões em 428 unidades poderia ter sido direcionado para a implementação de políticas públicas efetivas de segurança, em vez de apenas reforçar o patrulhamento ostensivo, que, historicamente, não demonstrou ser uma solução eficaz para a redução da criminalidade.
Além disso, a distribuição das motos para diferentes regiões, como Região Metropolitana do Recife, Nazaré da Mata, Goiana, Arcoverde, Caruaru e Petrolina, não garante que a população dessas localidades se sentirá protegida devido à presença desses novos veículos. A presença de representantes políticos, como deputados federais, estaduais e prefeitos, na solenidade de entrega das motocicletas, também não contribui para amenizar a desconfiança da população em relação a essa medida.
Em suma, a entrega das 105 motos para a Polícia Militar de Pernambuco é mais uma ação meramente simbólica que não ataca as raízes do problema da segurança pública no estado. Enquanto o governo insiste em investir em equipamentos e patrulhamento ostensivo, a população continua à mercê da violência e da sensação de impunidade.