Alto funcionário do Departamento de Defesa dos EUA visita a Guiana em meio a disputa territorial com a Venezuela.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos, representado pelo subsecretário adjunto de Defesa para o Hemisfério Ocidental, Daniel Erikson, iniciou uma visita à Guiana na última segunda-feira (8) em meio a uma disputa terretorial com a Venezuela pelo território de Essequibo.

A chegada de Erikson à Georgetown foi marcada por reuniões com representantes do governo da Guiana, das Forças de Defesa desse país e representantes da Comunidade do Caribe (Caricom). A importância dessas reuniões para os Estados Unidos foi evidenciada em um comunicado da Embaixada que ressaltou a prioridade atribuída à parceria bilateral de defesa e segurança.

As autoridades guianenses, no entanto, ainda não se pronunciaram sobre a chegada do funcionário americano, mas sua visita sugere a seriedade da disputa entre os dois países. A tensão tem aumentado nas últimas semanas devido aos exercícios militares realizados pelo governo dos Estados Unidos na Guiana, que foram considerados uma provocação pela Venezuela.

Esses exercícios despertaram o temor de um conflito armado na região, especialmente após a mobilização de mais de 5.600 tropas venezuelanas para manobras militares perto das águas em disputa em resposta à chegada de um navio de guerra britânico há 11 dias, também para atividades de defesa.

A intensificação da disputa territorial entre os dois países é impulsionada pela descoberta de grandes reservas de petróleo em 2015 e pela concessão de licenças de petróleo pela Guiana em águas disputadas no último trimestre do ano passado.

Nesse cenário, a Venezuela apela ao Acordo de Genebra, assinado em 1966 antes da independência da Guiana do Reino Unido, argumentando que Essequibo faz parte de seu território. Por outro lado, a Guiana defende um laudo de 1899 e deseja que ele seja ratificado pela Corte Internacional de Justiça.

A visita do alto funcionário do Departamento de Defesa dos Estados Unidos à Guiana em meio a essa disputa sugere que a situação ainda está longe de ser resolvida. A intensificação das relações bilaterais de defesa e segurança entre os Estados Unidos e a Guiana representa um sinal de que a tensão na região ainda precisa ser cuidadosamente monitorada.

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