Presidente equatoriano declara “estado de guerra” após três dias de violência do narcotráfico e promete combater grupos “terroristas” com mais de 20.000 membros.

Equador vivencia estado de guerra contra narcotráfico

Em meio a uma onda de violência causada pelo narcotráfico, o presidente do Equador, Daniel Noboa, afirmou nesta quarta-feira que o país se encontra em um “estado de guerra” e prometeu enfrentar sem trégua “mais de 20.000 membros de organizações terroristas”.

A situação de conflito começou após três dias de violência protagonizada por narcotraficantes em represália à pressão do governo. As quadrilhas criminosas lançaram uma dura ofensiva que resultou na morte de 10 pessoas e no sequestro de mais de cem guardas carcerários por detentos. Além disso, chefes de quadrilhas fugiram e jornalistas foram intimidados.

“Estamos em um estado de guerra e não podemos ceder diante destes grupos terroristas”, declarou Noboa à rádio Canela, reforçando a gravidade da situação e enfatizando a determinação do governo em enfrentar a violência.

Para combater as organizações criminosas, o presidente declarou que os militares têm a missão de “neutralizar” as quadrilhas vinculadas aos cartéis do México e da Colômbia. A fuga de Adolfo Macías, chefe da principal organização criminosa do país, conhecido como Los Choneros, exacerbou ainda mais a crise.

Noboa ressaltou que o país está lutando pela paz nacional e contra grupos terroristas que atualmente contam com mais de 20.000 membros. Ele deixou claro que o governo não pretende ceder diante da ameaça representada por esses grupos e expressou sua determinação em enfrentá-los.

Diante da gravidade da situação, o Equador está sob estado de exceção por 60 dias, o que inclui os presídios, que se tornaram centros de operação do narcotráfico. Segundo Noboa, organizações como Los Choneros são consideradas “objetivos militares”, uma vez que se opõem às iniciativas do governo em fortalecer a segurança nos portos e nas fronteiras.

O presidente despertou a fúria das quadrilhas ao anunciar a construção de presídios de alta segurança, inspirado em Nayib Bukele, presidente salvadorenho, que adotou medidas semelhantes em sua guerra contra as gangues. Noboa reiterou a coragem do governo em tomar ações que, nos últimos anos, não foram consideradas por ninguém.

A situação no Equador se tornou um ponto de atenção internacional e segue em desenvolvimento. Ainda é necessário acompanhar de perto os desdobramentos desse conflito para compreender melhor os desafios e as medidas tomadas pelo governo em busca de soluções para a questão do narcotráfico.

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