SBIm critica pesquisa do CFM sobre obrigatoriedade da vacinação de crianças contra COVID-19, alegando prejuízo à confiança na ciência e na população.

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu um comunicado criticando a pesquisa conduzida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre a obrigatoriedade da vacinação de crianças contra a covid-19. O objetivo da pesquisa era entender a opinião dos médicos brasileiros sobre a obrigatoriedade da vacinação de crianças de 6 meses a menos de 5 anos. No entanto, a SBIm alega que esse tipo de pesquisa, ao dar voz a crenças pessoais em vez de se basear na ciência, pode gerar insegurança na comunidade médica e afastar a população das salas de vacinação.

Além disso, a SBIm ressaltou que a covid-19 foi responsável por 5.310 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e 135 mortes entre crianças menores de 5 anos no Brasil em 2023, segundo dados do Ministério da Saúde. A entidade também mencionou que houve 2.103 casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), com 142 mortes, desde o início da pandemia. Diante desses dados, a SBIm enfatizou que a vacinação contra a covid-19 é uma estratégia eficaz e segura para prevenir a doença, que também pode ser fatal em crianças.

A segurança das vacinas foi reforçada pelo Ministério da Saúde, que relatou que, após a aplicação de mais de 47 milhões de doses em pessoas menores de 18 anos, a maioria dos eventos adversos foram leves ou moderados, como dor de cabeça e febre. A SBIm também destacou a existência de dispositivos legais que determinam a obrigatoriedade da vacinação de menores de 18 anos no Brasil. No entanto, essas declarações da SBIm acabaram por gerar polêmica e questionamentos.

A Agência Brasil solicitou um posicionamento do CFM em relação às críticas e indagou sobre os objetivos e a divulgação dos resultados da pesquisa. Até o fechamento desta reportagem, o CFM não havia retornado com um posicionamento. Diante disso, a discussão sobre a obrigatoriedade da vacinação de crianças contra a covid-19 continua sendo um tema de destaque entre as entidades médicas e científicas no Brasil. Vale ressaltar a importância de debater o assunto de forma responsável, levando em consideração a saúde e o bem-estar das crianças.

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