Enquanto isso, São Paulo também tem sido impactada por fortes tempestades, com chuvas registradas em 18 de fevereiro de 2023, em Bertioga, atingindo 715 mm em 24 horas, o maior acumulado do Brasil. No entanto, não é apenas o volume extremo de chuva que tem causado transtornos. Os impactos das chuvas revelam a falta de resiliência das grandes cidades brasileiras diante do clima.
Um exemplo recente disso é o desastre em Petrópolis, no dia 15 de fevereiro de 2022, quando 233 pessoas perderam suas vidas devido a um volume de 250 mm de chuva em apenas três horas. Já em março de 2022, a cidade sofreu com um volume ainda mais expressivo, alcançando 534,4 mm em 24 horas.
Esse cenário reflete a urgência em aumentar a resiliência das cidades diante de eventos climáticos extremos. É importante considerar que a mudança climática está tornando os extremos climáticos cada vez mais frequentes, o que demanda ações efetivas para garantir a segurança da população.
O alerta meteorológico é uma ferramenta importante para salvar vidas, mas é preciso ir além. É necessário repensar o povoamento em áreas de risco, aprimorar as redes de escoamento, fortalecer a rede de energia e o sistema de transportes. Em ano eleitoral, o tema da resiliência urbana é uma questão que precisa ser urgentemente endereçada pelas autoridades, visando à segurança e sobrevivência das cidades brasileiras diante dos desafios impostos pelo clima.