Durante uma transmissão ao vivo pelo Instagram, Sônia Guajajara destacou que a complexidade da situação exige uma compreensão mais profunda e que não será possível resolver todos os problemas em um curto período de tempo. Ela ainda ressaltou a necessidade de reparar a terra afetada pela destruição causada pelo garimpo ilegal, o que levará anos para ser completado.
A ministra argumentou que para restaurar as condições de saúde das comunidades indígenas, é crucial retirar os invasores das terras destinadas aos yanomami e realizar a despoluição dos rios, além de garantir que as comunidades tenham acesso à água potável e condições para cultivar alimentos.
Desde o ano passado, o governo federal declarou emergência em Saúde Pública de Importância Nacional na Terra Indígena Yanomami e implementou medidas para restabelecer os serviços de saúde e combater a invasão ilegal do território. No entanto, apesar dos esforços, a situação persiste e a ministra afirmou que o crime organizado continua ameaçando e violentando os indígenas.
Recentemente, um grupo de ministros e representantes de órgãos federais visitou a Terra Indígena Yanomami, um dia após o anúncio de que o governo federal pretende investir R$ 1,2 bilhão para implementar ações estruturantes no território. Entre as medidas previstas está a instalação da chamada Casa de Governo, que reunirá equipes de vários órgãos federais em Boa Vista, Roraima.
Apesar dos desafios, a ministra destacou que o governo federal tem atuado de forma mais intensa na região e pretende inaugurar novas unidades de saúde e ampliar os equipamentos de saúde indígena na Terra Indígena Yanomami.
Diante do cenário delicado, a ministra alertou para a necessidade contínua de apoio e atenção do governo federal para enfrentar a crise humanitária na Terra Indígena Yanomami.