Além de lidar com o processo legal envolvendo Carroll, ele enfrenta uma série de outras ações judiciais. São 91 acusações federais e estaduais em quatro processos contra ele, incluindo conspiração para obstrução de justiça, para falsificação de documentos e para obstrução de um procedimento legal. Quase todas as acusações dizem respeito à sua tentativa de reverter a derrota nas eleições de 2020 para Joe Biden, além do discurso negacionista que alimentou teorias da conspiração e levou à invasão do Capitólio em 2021.
Trump tem utilizado os processos para criar uma narrativa na qual ele afirma estar sendo perseguido pelo “Estado profundo” e que está sendo alvo de uma tentativa de impedir sua vitória garantida contra Joe Biden. Sua principal estratégia de defesa é a alegação de que ele teria imunidade presidencial total, ou seja, não pode ser processado por atos ocorridos enquanto ocupava a Casa Branca. No entanto, esse argumento foi invalidado por um tribunal de Washington em dezembro e a questão deve ser decidida pela Suprema Corte.
Além disso, Trump tenta reverter uma decisão da Justiça do Colorado que o considerou inelegível no estado por se envolver em “participação aberta, voluntária e direta” em uma insurreição, o que viola a 14ª Emenda à Constituição dos EUA. Uma decisão similar foi adotada no Maine, mas foi temporariamente suspensa até uma decisão final da Suprema Corte.
Em meio a esses desafios legais, Trump também está se preparando para uma nova corrida presidencial, com a expectativa de concorrer novamente pelo partido republicano. As ações judiciais contra ele certamente terão impacto em sua campanha e podem afetar sua viabilidade como candidato. Ainda assim, ele tem mantido seu discurso de vitimização e resistência, enfatizando a crença em uma suposta perseguição política.