O chefe da polícia portuária, coronel Robert Trujillo, destacou a importância da apreensão, afirmando que se trata de um duro golpe na organização internacional que se dedica ao tráfico ilícito de drogas. A carga, avaliada em 560 milhões de dólares no mercado internacional, havia saído da Bolívia e estava programada para chegar ao seu destino no final de fevereiro.
Além disso, Trujillo indicou que o carregamento está relacionado à organização que foi capturada na Bolívia em dezembro com mais de oito toneladas de cocaína. Ele afirmou que se trata da mesma organização que tentou enviar a droga para os portos de Chile, Callao e Antuérpia. A droga apreendida permanece sob custódia da divisão antidrogas da polícia para dar continuidade às investigações correspondentes.
A operação recebeu o nome de “Máfia Global de Contêineres” e contou com a participação da agência americana antidrogas DEA e das polícias dos Países Baixos e da Bélgica. Segundo informações do Ministério do Interior, em 2023 as autoridades peruanas já haviam apreendido 21,5 toneladas de cocaína e desmantelado 119 redes criminosas ligadas ao narcotráfico.
O Peru é um dos maiores produtores mundiais de cocaína, com cerca de 400 toneladas por ano, segundo números oficiais, e é um dos maiores produtores de folha de coca, matéria-prima da cocaína, juntamente com Bolívia e Colômbia.
A apreensão das 7,2 toneladas de cocaína representa um marco importante na luta contra o tráfico de drogas, evidenciando a eficácia das operações conjuntas entre agências internacionais e autoridades locais. A ação das autoridades peruanas reforça o compromisso do país em combater o narcotráfico e contribuir para a segurança regional e internacional.
