O principal ponto de tensão ocorreu quando as forças de segurança começaram a disparar balas de borracha contra centenas de manifestantes que estavam reunidos nas ruas em repúdio às reformas propostas. O tumulto se intensificou com o uso de veículos blindados equipados com jatos d’água, resultado do protocolo “anti-piquetes” adotado pelo governo para lidar com manifestações desse tipo.
O deputado de esquerda Mariano Del Caño expressou sua indignação com a situação, afirmando que a sessão não poderia prosseguir daquela forma, o que levou a um grupo de parlamentares a se retirar do recinto. No entanto, alguns deputados retornaram posteriormente, após avaliarem a situação do lado de fora do Congresso.
Por sua vez, o deputado aliado Alejandro Finocchiaro acusou a oposição de planejar táticas dilatórias junto com os manifestantes, sugerindo que eles estavam determinados a provocar um confronto para interromper a sessão. Essa acusação gerou ainda mais tensão no já conturbado ambiente político.
As reformas propostas por Javier Milei foram o foco central dos debates realizados nesta quinta-feira. As mais de 300 medidas econômicas e políticas têm gerado divisões e representam um desafio considerável para o governo, que busca obter o apoio necessário para a aprovação do projeto da chamada “Lei Ônibus”.
Além disso, milhares de pessoas se concentraram em frente ao Congresso na quarta-feira para protestar contra a lei, o que resultou na detenção e posterior liberação de quatro jovens na manhã desta quinta-feira. A situação política argentina continua a gerar intensos debates e manifestações, revelando a complexidade das decisões que estão em jogo.
