A Lei Ônibus, que havia sido aprovada de forma geral na última sexta-feira, estava em processo de votação por artigo quando o deputado Oscar Zago, líder da bancada governista, solicitou uma moção para que o assunto voltasse à comissão. A moção foi aceita pelos parlamentares, o que anulou a aprovação prévia do pacote de medidas, assim como os poucos artigos que haviam sido votados até aquele momento.
A deputada opositora Myriam Bregman destacou que esse recuo significava que as reformas teriam que recomeçar do zero. Ela também ressaltou que o repúdio popular se fez sentir em todo o país, referindo-se aos protestos da semana anterior em frente ao Congresso durante o debate.
É importante lembrar que a vitória do presidente Milei nas últimas eleições teve um respaldo importante da população, com 56% dos argentinos votando em seu programa de governo. O próprio presidente afirmou nas redes sociais que eles não estão dispostos a negociar as reformas com aqueles que, segundo ele, destruíram o país.
As manifestações tanto a favor quanto contra as reformas propostas por Milei demonstram o quão polarizada está a sociedade argentina em relação às políticas do novo governo. O presidente enfrenta um cenário de resistência e divisão no Congresso para implementar suas medidas.
Além disso, essas últimas movimentações acabam adiando mais uma vez a possibilidade de avanço nas reformas, sinalizando para um futuro de contínuo debate e tensão política em relação ao plano do governo Milei para transformar a Argentina.