O acordo abrange uma indenização por danos morais e uma pensão proporcional para os filhos de Arruda, de acordo com a idade de cada um. Essa decisão da Justiça põe fim a um processo que já durava algum tempo e que havia determinado anteriormente o pagamento das pensões para os filhos menores de idade de Arruda. A conciliação foi possível graças ao entendimento entre a Advocacia-Geral da União (AGU) e a defesa da família, mediada pela 2ª Vara Federal de Foz de Iguaçu.
Segundo a AGU, a indenização paga pela União leva em consideração o fato de Guranho ter utilizado sua condição de agente público para cometer o crime, utilizando uma arma de propriedade da União. De acordo com a Constituição, os entes públicos são responsáveis civilmente por danos causados por seus agentes, e a AGU informou que processará Guranho de forma regressiva para que ele arque com a indenização.
O assassinato de Marcelo Arruda chocou a comunidade e expôs uma triste realidade de conflitos políticos e polarização no Brasil. No momento do crime, imagens das câmeras de segurança mostraram Guranho invadindo a festa particular armado, se declarando como apoiador do presidente Jair Bolsonaro, e atirando contra Arruda. Em uma tentativa de se defender, Arruda conseguiu atirar em Guranho, que sobreviveu aos ferimentos e está atualmente preso preventivamente, aguardando o julgamento pelo Tribunal do Júri, e foi denunciado por homicídio qualificado.
A homologação desse acordo traz um alívio para a família de Marcelo Arruda e evidencia a importância de responsabilizar agentes públicos por seus atos, especialmente quando o poder do Estado é utilizado de forma criminosa. O julgamento de Guranho pelo Tribunal do Júri será um momento crucial para a busca por justiça diante dessa trágica perda.