Em seu comunicado, o alto comissário ressaltou que a criação de uma zona de segurança não parece estar alinhada com as definições restritivas de “operações militares” estabelecidas no direito humanitário internacional. Türk ainda registrou que o gabinete da ONU tem documentado a destruição e demolição generalizadas de infraestruturas civis pelo Exército israelense desde outubro. Isso inclui edifícios residenciais, escolas e universidades em áreas não afetadas pelos confrontos ou onde estes já cessaram.
A guerra na região eclodiu em 7 de outubro com um ataque do grupo Hamas no sul de Israel, que resultou na morte de mais de 1.160 pessoas, a maioria civis. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar que vitimou cerca de 27.840 pessoas na Faixa de Gaza, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, conforme dados do Ministério da Saúde do Hamas.
As ações de Israel na região têm gerado preocupação generalizada na comunidade internacional, e o alerta emitido pela ONU mostra que as atitudes do Exército israelense estão sendo observadas atentamente. O comunicado do alto comissário Volker Türk destaca a importância do respeito ao direito humanitário internacional, reforçando a proibição da destruição de bens civis pela potência ocupante. Essas ações, segundo o comunicado da ONU, podem constituir um crime de guerra, o que pode pressionar as autoridades israelenses a repensarem suas estratégias militares na região.