O bloco Brasília Amarela é conhecido por revisitar as músicas do grupo em ritmos como samba-enredo, marchinha, frevo, ijexá, baião, ciranda e funk. O fundador e cantor Caio Bucker ressalta que as músicas do grupo são eternas e continuam sendo tocadas em rádios, festas e outros eventos. Além disso, ele destaca que o desfile deste ano será impulsionado pelo lançamento da cinebiografia do grupo, “Mamonas Assassinas: O Filme”, que estreou nos cinemas no fim do ano passado.
No entanto, as letras de humor do grupo, que são consideradas problemáticas diante das questões sociais atuais, estão sendo revisadas pelo bloco. Caio Bucker explica que a ideia é suprimir versos que atualmente são reconhecidamente ofensivos. “Eu não vou contra os Mamonas, mas entendo que isso era de uma época, datada dos anos 90. Como é que eu vou fazer? Eu vou mudar a letra? Não vou”, destaca o fundador do bloco.
Apesar disso, ele ressalta que, em um contexto atual, é importante levar em consideração as questões sociais, como a luta contra o racismo, o machismo, a misoginia, a homofobia, entre outras. No entanto, ele acredita que o humor dos Mamonas Assassinas pode também ser interpretado como uma crítica e ironia.
Brasília Amarela se torna, assim, um verdadeiro resgate do legado do grupo Mamonas Assassinas, celebrando a irreverência, a alegria, a descontração e a liberdade que o carnaval representa. A presença de novas gerações no desfile também demonstra que as músicas do grupo continuam tendo um grande impacto, mesmo após tanto tempo.