A seleção será feita por meio de edital, que pode ser acessado no site do Fundo Brasil de Direitos Humanos. A superintendente adjunta do Fundo Brasil, Allyne Andrade, ressaltou a importância da mobilização da população negra para a democracia brasileira e destacou a pressão das pessoas negras organizadas em movimentos sociais, que tem contribuído para avanços como as cotas para estudantes negros em instituições de ensino superior.
O edital “Enfrentando o Racismo a Partir da Base” foi criado em 2018 para fortalecer organizações que enfrentam o racismo em suas variadas formas e propõem caminhos para um país com mais justiça racial. A fundação apoiou quatro iniciativas desenvolvidas por organizações fundadas e lideradas por pessoas negras em seu primeiro edital de apoio a projetos, lançado em 2007.
Além disso, nos últimos cinco anos, o Fundo Brasil de Direitos Humanos doou mais de R$ 2,6 milhões para 50 coletivos e grupos sem fins lucrativos, de todas as regiões e estados brasileiros, que trabalham diretamente em seus territórios e comunidades, para promover justiça racial e combater as diversas formas de racismo.
Os projetos selecionados para receber o apoio do Fundo Brasil vão abranger a promoção dos direitos de mulheres negras, de pessoas negras LGBTQIA+, de lideranças e comunidades quilombolas, de casas e comunidades de matriz africana, e também organizações que estejam atuando no debate sobre racismo em meios digitais.
O Fundo Brasil apoia também a busca por justiça racial e de gênero, a luta por direitos dos povos indígenas, de populações quilombolas e tradicionais, por justiça climática e socioambiental na Amazônia e, também, fora da região. Em seus anos de existência, o Fundo Brasil já apoiou mais de 1.300 projetos, com total doado superando R$ 50 milhões. A iniciativa realiza um trabalho fundamental para combater o racismo e promover a igualdade racial no Brasil.
