Em setembro de 2021, o tribunal já o tinha considerado culpado em primeira instância por ter excedido o limite legal das suas despesas de campanha eleitoral e impôs-lhe então um ano de prisão firme. Mas, ao contrário dos restantes arguidos, o ex-presidente não foi acusado do próprio sistema de faturas falsas, concebido para esconder a explosão de despesas: quase 43 milhões de euros (46 milhões de dólares ao câmbio atual) face ao limite legal de 22,5 milhões (US$ 24 milhões).
Doze ex-gerentes de campanha, incluindo membros de seu então partido de direita UMP – agora renomeado como The Republicans – ou a empresa Bygmalion, foram julgados em recurso por cumplicidade em “financiamento ilegal de campanha”, mas também por fraude ou quebra de confiança, entre outros. O caso veio à tona dois anos depois da campanha eleitoral presidencial de 2012 – que perdeu para o socialista François Hollande – e abalou o partido de direita.
Em 2025, o antigo presidente conservador enfrenta outro julgamento por suspeitas de financiamento da Líbia à sua campanha eleitoral de 2007. Além disso, apelou da pena de um ano de prisão num julgamento sobre a corrupção de um magistrado sénior. E, em outubro, Sarkozy, parceiro da cantora, atriz e modelo Carla Bruni, foi acusado em outro caso por suposta adulteração de testemunhas.
Como resultado, o ex-presidente conservador pode passar por mais processos legais que colocarão ainda mais pressão em sua situação. Certamente, este é um capítulo importante da história política francesa que ainda tem muito a ser revelado. Este julgamento reforça a importância da transparência no financiamento de campanhas políticas e mostra que políticos influentes não estão acima da lei. Esta história ainda está em andamento e tem o potencial de ter grandes repercussões no cenário político e jurídico francês. Acompanharemos com atenção os próximos passos desse caso.