Os rebeldes iemenitas têm atacado dezenas de navios que transitam pelo Mar Vermelho e pelo Golfo de Áden, uma região crucial para o comércio mundial. Em resposta, os Estados Unidos e o Reino Unido bombardearam alvos dessa milícia no Iêmen, que controla parte do território.
Grundberg lamentou que, apesar das medidas tomadas em dezembro para estabelecer um novo cessar-fogo entre os rebeldes huthis e o governo do Iêmen, o caminho para a paz ainda contém muitos obstáculos. Ele informou o Conselho de Segurança sobre a situação do país e alertou sobre a escalada de violência.
O enviado especial da ONU destacou a necessidade de uma “desescalada regional”, pedindo que as partes beligerantes no Iêmen cessem as provocações públicas e se abstenham de oportunismos militares no país. Ele ressaltou que, apesar das garantias de todas as partes de que preferem o caminho da paz, há sinais preocupantes em várias linhas de frente e um aumento de ameaças públicas para retomar os combates.
Desde 2014, o Iêmen tem sido palco de uma guerra civil entre o governo, apoiado por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, e os rebeldes huthis, que controlam partes do território, incluindo a capital, Sanaa. O conflito resultou em centenas de milhares de mortes e causou uma das piores crises humanitárias do mundo.
Segundo a ONU, a taxa de desnutrição no país está entre as mais altas já registradas, e 17,6 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar aguda em 2024. A situação no Iêmen continua sendo uma das maiores preocupações para a comunidade internacional, que busca maneiras de resolver essa crise humanitária e alcançar a paz no país devastado pela guerra.