A questão do Afeganistão tem sido objeto de atenção da comunidade internacional desde a retomada do poder pelos talibãs em 2021. A ONU convidou as autoridades talibãs para participarem de uma reunião, após tê-las excluído de um encontro anterior em maio. No entanto, o governo de Cabul se recusou a participar das discussões, a menos que fosse o único representante do Afeganistão presente, excluindo outros grupos da sociedade civil. Além disso, outra exigência foi que a delegação do governo talibã se reunisse com o secretário-geral da ONU e tivesse a oportunidade de apresentar sua posição.
Guterres explicou que as condições estabelecidas pelos talibãs para sua participação nas reuniões não eram aceitáveis, pois privavam antecipadamente o direito de falar com outros representantes da sociedade afegã e buscavam um tratamento semelhante ao reconhecimento oficial. O governo talibã em Cabul não foi reconhecido por nenhum outro governo desde que assumiu o poder, em grande parte devido à imposição de uma interpretação rigorosa do Islã e à imposição de leis que discriminam as mulheres.
Essa situação resultou no corte ou redução massiva do financiamento internacional ao Afeganistão, afetando ainda mais a economia do país. Guterres expressou o desejo de sair do impasse gerado pela falta de participação dos talibãs nas reuniões futuras.
Portanto, a comunidade internacional ainda aguarda uma solução para a questão do Afeganistão, que envolve não apenas os talibãs, mas também o governo de Cabul e outros grupos da sociedade afegã. A ONU segue buscando uma forma de incluir todas as partes interessadas nas discussões para alcançar uma solução sustentável e pacífica para a situação no país.