Segundo o critério britânico de licenciamento estratégico, não se deve exportar armas quando há risco de elas serem usadas em violação do direito humanitário internacional. A decisão da Alta Corte de Londres foi tomada após uma coalizão de grupos de direitos humanos, liderados pelo grupo palestino Al-Haq, alegarem que o governo britânico estava desrespeitando suas próprias regras no conflito na Faixa de Gaza.
Os advogados dos demandantes informaram que vão recorrer da decisão da corte, destacando a importância de tentar conter a exportação de armas para Israel devido ao crescente número de mortos na Faixa de Gaza. Grupos pró-palestinos têm recorrido diversas vezes à Justiça para impedir a exportação de armas a Israel.
Recentemente, o Tribunal de Apelações dos Países Baixos decidiu que o país deve interromper o envio de componentes para caças usados por Israel na Faixa de Gaza devido ao “claro risco” de que os aviões sejam utilizados para violar o direito humanitário internacional.
A decisão da Alta Corte de Londres em rejeitar o pedido de suspensão da exportação de armas britânicas para Israel levanta debates sobre a responsabilidade do Reino Unido em relação ao conflito na Faixa de Gaza. Além disso, as alegações feitas pela coalizão de grupos de direitos humanos colocam em evidência a importância de se respeitar as regras internacionais, especialmente em situações de conflito armado. A decisão também chama a atenção para a necessidade de um maior escrutínio sobre as exportações de armas para regiões envolvidas em conflitos. A rejeição do pedido pela Alta Corte de Londres certamente gera repercussões e alimenta o debate sobre a ética na venda de armas em contextos de violações de direitos humanos.