Os investigadores da CAR determinaram que mais de 290 componentes eletrônicos não-nacionais foram encontrados em um míssil balístico produzido pela Coreia do Norte e recuperado na Ucrânia. Alarmantemente, 75% dessas peças estão relacionadas a empresas constituídas nos Estados Unidos, enquanto 16% estão ligadas a empresas europeias.
Uma análise ainda mais perturbadora mostrou que metade dos componentes documentados continha códigos de data identificáveis, com mais de 75% desses códigos indicando uma produção entre 2021 e 2023. Com base nesses dados, a CAR conclui que o míssil recuperado em Kharkiv não poderia ter sido montado antes de março de 2023. Isso lança luz sobre negligências em algum lugar no processo de controle de vendas e exportações de componentes vitais para armas.
Em um comunicado anterior, o governo americano já havia afirmado que a Coreia do Norte forneceu mísseis balísticos e lançadores de mísseis para a Rússia, utilizados nos ataques à Ucrânia. Esta nova descoberta vem corroborar as alegações do governo dos EUA e levanta questões sobre a capacidade de monitoramento e controle das exportações de componentes de armas.
O míssil analisado pela CAR foi recuperado em Kharkiv em 2 de janeiro. Esta descoberta levanta preocupações sobre a capacidade de monitoramento e controle das exportações de componentes de armas para regiões críticas e em conflito de interesses. Ainda há muitas questões em aberto, e vamos continuar acompanhando o desdobramento desta chocante revelação.