“Nós fomos notificados que o recurso de nulidade é improcedente por não apresentar os requisitos formais”, declarou a secretária-geral do partido VAMOS, Cesia Rivas. Rivas disse que a decisão “confirma que o tribunal não está do lado da lei, e sim do lado obediente do que afirma o governo”.
Por sua vez, Noel Orellana, um dos magistrados do TSE, destacou que o pedido de anulação das eleições legislativas “não atende os requisitos de procedência”, porque os peticionários “não estabeleceram de maneira concreta as supostas irregularidades”.
As eleições legislativas tiveram a predominância do partido NI, do presidente reeleito Nayib Bukele, que conquistou 54 das 60 cadeiras no Congresso. Em simultâneo, Bukele foi reeleito com 84,65% dos votos na eleição presidencial. Com essa vitória, o partido NI terá maioria qualificada no Congresso, o que lhe garantirá poderes para aprovar decisões como a manutenção do regime de exceção, utilizado pelo governo para combater as gangues no país.
Essa decisão do TSE despertou questionamentos por parte dos partidos de oposição, que alegam que o tribunal está sendo influenciado pelo governo. Essa ação reacendeu a tensão política no país e reflete o descontentamento de grande parte da população. Enquanto isso, o presidente reeleito Nayib Bukele mantém o apoio popular e reforça sua posição de liderança no cenário político salvadorenho. O desenrolar dessa situação coloca em debate a legitimidade do processo eleitoral no país e a atitude do Tribunal Supremo Eleitoral de El Salvador.