Após a abordagem e a prisão dos quatro homens responsáveis pela embarcação, entre eles um uruguaio, um surinamês, um brasileiro e um togolês, a Polícia Federal constatou que as espécies encontradas estavam protegidas por estarem em perigo de extinção, conforme a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites).
Os animais foram levados para a Embaixada do Brasil em Lomé, onde receberam cuidados veterinários do Ibama para garantir sua sobrevivência. Os micos-leões estavam desnutridos e com sinais de intoxicação por óleo de motor, enquanto as araras estavam estressadas.
Após o trabalho de reabilitação, os animais foram transportados de volta ao Brasil com a colaboração dos ministérios da Agricultura, do Meio Ambiente e da Polícia Federal. As araras foram encaminhadas para a Estação Quarentenária em Cananéia (SP) para avaliação da necessidade de marcação, enquanto os micos-leões serão identificados por microchips após cumprir quarentena em um centro de recuperação de animais.
A operação, nomeada de Akpé, que significa “obrigado” na língua Jeje, falada no Togo, marcou o início das investigações sobre o tráfico de animais que contou com a cooperação entre diversas instituições governamentais. A ação conjunta reforça a importância da proteção da fauna silvestre e do combate ao tráfico ilegal de espécies ameaçadas de extinção.