O relatório apresentado em Bogotá também aponta que os massacres deixaram um total de 320 vítimas, sendo que 32 delas eram crianças e 18 pertenciam a grupos étnicos. Estes números são alarmantes e evidenciam a violência presente na Colômbia, especialmente pelas mãos de grupos armados não estatais e organizações criminosas.
A representante da agência das Nações Unidas na Colômbia, Juliette De Rivero, alertou para a expansão territorial e as estratégias violentas adotadas por esses grupos, que têm impactos graves nos direitos humanos no país. O relatório ainda destaca que a violência relacionada a organizações armadas atingiu 206 municípios colombianos, representando um aumento em comparação com os anos anteriores.
De fato, a consolidação do poder desses grupos em diversos territórios coloca em risco a governabilidade na Colômbia e a proteção dos direitos humanos da população. As organizações criminosas exercem um controle violento sobre as populações locais, praticando a extorsão, ameaças, restrições de deslocamentos, recrutamento de menores, sequestros e estupros.
Em meio a esse cenário preocupante, também foi registrado um número alarmante de homicídios de defensores dos direitos humanos, totalizando 105 casos em 2023. Apesar de uma pequena diminuição em relação ao ano anterior, esse número ainda representa a cifra mais alta do mundo nesse aspecto.
A situação na Colômbia é complexa e exige atenção e ação por parte das autoridades competentes para garantir a proteção dos direitos humanos e a segurança da população. O relatório da ONU evidencia a urgência de medidas eficazes para lidar com a violência e a instabilidade presentes no país.