Promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) e pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o evento abordou o tema “Rádio Nacional da Amazônia, presente e futuro: Desafios da radiodifusão pública na região Norte”. A discussão integra as comemorações dos 50 anos do Parque do Rodeador, em Brasília, que abriga os transmissores da Rádio Nacional da Amazônia, a única emissora do país com alcance nacional e internacional.
Os participantes do debate, a professora de comunicação Sonia Virgínia Moreira, o pesquisador André Barbosa Filho e o jornalista Thiago Regotto, argumentaram que a Rádio Nacional da Amazônia e a radiodifusão em geral podem desempenhar um papel estratégico para a cidadania, mesmo em meio à era digital.
Sonia Virgínia Moreira ressaltou a importância do investimento em infraestrutura de comunicações e políticas públicas permanentes para levar informações a locais carentes de notícias. Ela também defendeu a criação de novas mídias locais para combater os “desertos de notícias” identificados no Brasil.
Por sua vez, André Barbosa Filho destacou o potencial do rádio em atingir públicos diversos e ressaltou a importância de manter as características do veículo em diferentes plataformas. Ele mencionou o sucesso do streaming e seu potencial para ampliar o alcance das transmissões radiofônicas.
Thiago Regotto, por sua vez, enfatizou a interação constante dos ouvintes da Rádio Nacional da Amazônia, destacando a importância do rádio para públicos específicos, como povos originários e ribeirinhos. Ele ainda revelou que a EBC possui um projeto específico para a Região Norte, visando ampliar a abrangência e relevância do rádio na região.
Em resumo, o debate evidenciou o papel fundamental do rádio como ferramenta de desenvolvimento e combate às desigualdades na região Norte do Brasil, indicando que a radiodifusão ainda tem muito a contribuir para a cidadania, mesmo em um cenário de crescente digitalização da comunicação.
