A Heco está enfrentando um intenso escrutínio público após o grave incêndio, que resultou na morte de 115 pessoas em Lahaina, uma cidade localizada na costa oeste da ilha de Maui, no Oceano Pacífico.
A ação judicial, movida nesta quinta-feira (24), argumenta que a Heco e suas subsidiárias foram negligentes ao não interromper o serviço de energia, mesmo com os alertas sobre ventos fortes devido à proximidade de um furacão. Segundo a ação, os demandados tinham conhecimento de que os ventos poderiam derrubar postes e causar incêndios, mas optaram por manter as linhas em funcionamento.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a vegetação de Lahaina sendo consumida pelo fogo gerado por faíscas provenientes de cabos de energia caídos no chão. Essas imagens reforçam a alegação do condado de Maui de que a tragédia poderia ter sido evitada se medidas adequadas tivessem sido tomadas pela Heco.
As autoridades do condado têm sido criticadas por falta de preparação e resposta inadequada no combate ao incêndio. Além de responsabilizar a Heco, o condado está buscando uma indenização não especificada pelos danos causados pelo incêndio.
Diferentemente do estado da Califórnia, onde as empresas de energia costumam interromper o serviço em áreas com ventos fortes para evitar incêndios, a Heco decidiu manter as linhas de energia ativas em Lahaina. A diretora da Heco, Shelee Kimura, argumentou que a eletricidade era necessária para bombear água até a cidade.
Segundo cálculos do governo federal, estima-se que o incêndio tenha causado cerca de 5,5 bilhões de dólares (equivalente a aproximadamente 27 bilhões de reais) em danos.
Agora, a ação judicial colocará a responsabilidade da tragédia em foco e determinará se a Heco foi negligente ao não cortar o fornecimento de energia em meio aos alertas de ventos fortes. O condado de Maui espera que essa ação leve à responsabilização da empresa de energia pelos danos causados pelo incêndio em Lahaina.
