A oposição a Nicolás Maduro, que busca mais um mandato de seis anos, tem exigido uma maior fiscalização nas eleições, alegando que o sistema eleitoral está desacreditado devido a anos de fraudes e desqualificação de partidos e candidatos antichavistas proeminentes, como María Corina Machado, Henrique Capriles e Juan Guaidó.
Além dos convites enviados à UE, EUA, ONU e Carter Center, o CNE também chamou representantes de diversas organizações internacionais, como a Celac, os Brics, a Caricom, a Uiorel e a UA, para que enviem missões técnicas de observação, excluindo atores políticos de suas equipes.
A convocação das eleições para o dia do aniversário de Hugo Chávez, patriarca da revolução bolivariana, gerou especulações sobre a verdadeira intenção por trás da marcação da data. O prazo curto para o registro de candidatos e a realização da campanha eleitoral também tem gerado preocupações entre os especialistas, que temem pela competitividade do pleito.
O CNE, envolvido em acusações de ser um órgão controlado pela ditadura chavista, parece estar tentando dar uma aparência de legitimidade ao processo eleitoral ao convidar observadores internacionais. No entanto, a desqualificação de líderes opositores, como María Corina Machado, ainda gera questionamentos sobre a imparcialidade do órgão.
Diante desse cenário, a oposição corre contra o tempo para definir um substituto para María Corina, que se mantém ativa e desafiante em relação ao regime de Maduro. Enquanto isso, figuras políticas internacionais, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fizeram comentários polêmicos sobre a situação na Venezuela, o que gerou reações por parte da própria María Corina Machado.
A tensão política na Venezuela em relação ao processo eleitoral promete se intensificar nas próximas semanas, conforme a data da votação se aproxima e as incertezas sobre a transparência do pleito persistem. A presença de observadores internacionais pode ser crucial para garantir a legitimidade do processo e evitar possíveis manipulações por parte do governo chavista.