O general Domingo Hernández Lárez, chefe de operações das Forças Armadas, divulgou a evacuação nas redes sociais e informou que 678 cidadãos foram retirados, sendo 382 homens, 196 mulheres e 63 crianças. Vídeos e fotos da operação militar mostram as pessoas sendo escoltadas por soldados e embarcando em curiaras, embarcações típicas da região.
Essa ação faz parte de uma série de operações realizadas desde o ano passado pelas Forças Armadas contra a mineração ilegal em reservas naturais na Venezuela. Em 2024, já foram expulsas 3.500 pessoas envolvidas nessa atividade, após a retirada de 14 mil garimpeiros em 2023.
As ações se concentram na região do Arco Minero, uma área rica em diferentes minerais como ouro, diamantes e coltan. Apesar de explorada pelo Estado, a região também é controlada por máfias que promovem o garimpo ilegal. Essas organizações frequentemente se envolvem em atos de violência, resultando em 54 mortes nos estados de Bolívar e Amazonas entre 2017 e 2022.
A mineração ilegal na região também traz consigo graves consequências ambientais, como desastres ecológicos e riscos para a população local. Um recente desabamento em uma mina de ouro ilegal em Bolívar resultou na morte de 16 pessoas e deixou mais de 30 feridos.
A Barragem de Guri é vital para o fornecimento de energia elétrica na Venezuela, um país que enfrenta cortes crônicos de eletricidade nos últimos anos. A ação das autoridades para combater a mineração ilegal visa proteger não apenas o meio ambiente, mas também a população e o abastecimento de energia em um momento crítico para o país.
Portanto, as operações contra o garimpo ilegal na região do Arco Minero e nas proximidades da Barragem de Guri evidenciam a necessidade de combater atividades ilegais que impactam não apenas a economia, mas também a segurança e o meio ambiente. A atuação das Forças Armadas destaca a importância de frear o avanço do garimpo ilegal para proteger os recursos naturais e garantir o fornecimento de energia elétrica para a população venezuelana.