O IDH é um indicador utilizado para comparar o bem-estar da população com base em aspectos como riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida e natalidade. Ele varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior é o desenvolvimento humano do país. O Brasil apresentou um crescimento de 22,6% no IDH entre 1990 e 2022, com quedas apenas nos anos de 2015, 2020 e 2021.
Segundo dados do Pnud, desde o início da pandemia, tem crescido a disparidade entre os IDHs de países ricos e pobres, revertendo a tendência de aproximação desses índices observada desde 1990. A gerente de Programas, Incidências e Campanhas da Oxfam Brasil, Maitê Gauto, ressaltou que o país enfrenta dificuldades econômicas desde 2015, agravadas pelo contexto da pandemia.
A especialista da Oxfam Brasil também apontou que mesmo políticas de transferência de renda, como o Auxílio Emergencial e o Bolsa Família, não foram capazes de elevar o IDH para os níveis anteriores à pandemia. O Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) destacou que houve uma redução de investimentos em políticas sociais até 2022, contribuindo para a piora das condições de vida da população brasileira.
Na América Latina e Caribe, o Brasil ficou na 17ª posição, atrás de países como México, Equador, Cuba e Peru. No ranking global, Suíça, Noruega, Islândia, Hong Kong, Dinamarca e Suécia ocupam as primeiras posições, enquanto Somália e Sudão do Sul registram os piores índices. Essas informações destacam a importância de políticas públicas eficazes e investimentos adequados para garantir o desenvolvimento humano e a qualidade de vida da população.