Comparando com dados pré-pandemia, o país ainda não retornou ao índice de 2019, que era de 0,764. As oscilações no IDH ao longo dos anos são reflexo de diversos fatores socioeconômicos que impactam o bem-estar da população. Desde 1990, o IDH do Brasil teve um crescimento de 22,6%, porém, em 2015, 2020 e 2021 houve quedas nesse indicador. Um dos desafios apontados pelo relatório do Pnud é o aumento da distância entre os IDHs dos países ricos e pobres desde o início da pandemia, revertendo a tendência de aproximação observada anteriormente.
Especialistas destacam que o país enfrenta dificuldades econômicas desde 2015, agravadas pela pandemia de covid-19. Mesmo com políticas de transferência de renda como o Auxílio Emergencial e o atual Bolsa Família, a retomada do IDH ao nível pré-pandêmico não foi alcançada. Além disso, houve uma redução de verbas das políticas sociais no Brasil até 2022, o que contribuiu para piorar as condições de vida da população, refletindo no IDH.
No âmbito internacional, o Brasil ficou na 17ª posição na América Latina e Caribe, atrás de países como México, Equador, Cuba e Peru. Enquanto na classificação global, países como Suíça, Noruega e Islândia lideram o ranking, e Somália e Sudão do Sul possuem os piores índices. Em meio a essas variações no IDH, é essencial manter o foco em políticas que possam promover o desenvolvimento humano e a redução das desigualdades para garantir o bem-estar de toda a população.