As dificuldades logísticas estão exacerbando a crise, com gangues que bloqueiam as rotas de distribuição e paralisam o Porto Principal do Haiti. O armazém do Programa Alimentar Mundial já está apresentando escassez de cereais, feijões e óleo vegetal, o que preocupa as autoridades. Com suprimentos para apenas algumas semanas, a situação é crítica e inspira “pavor”, nas palavras de Bauer.
Desde o final de fevereiro, as operações humanitárias no país foram afetadas devido aos ataques de gangues, que incendiaram prédios, fecharam o aeroporto principal e libertaram milhares de detentos. A violência fez com que o primeiro-ministro Ariel Henry anunciasse sua intenção de renunciar, aguardando a formação de um conselho de transição.
A situação no Haiti é ainda mais complicada devido à presença de mais de 200 gangues no país, com a maioria concentrada em Porto Príncipe e arredores. Essas organizações controlam 80% da capital e disputam por mais território, o que torna a distribuição de alimentos e a assistência humanitária ainda mais desafiadoras.
Dezenas de mortes já foram registradas nos confrontos mais recentes, com milhares de haitianos desabrigados e em situação de extrema vulnerabilidade. A crise humanitária no país exige uma resposta urgente e eficaz da comunidade internacional para evitar um desastre ainda maior.