A RHN conta com mais de 4,7 mil estações de monitoramento em todo o Brasil, sendo 1,9 mil estações fluviométricas e 2,8 mil pluviométricas. Esses dados permitem o mapeamento de áreas inundáveis e o cálculo dos períodos prováveis de retorno de eventos extremos. O estudo também analisou o impacto das condições climáticas em diferentes setores da sociedade, como produção agrícola, energia e infraestrutura.
Um dos pontos de destaque foi o caso dos municípios Sebastião do Caí e Montenegro, no Rio Grande do Sul, que sofrem com cheias do rio Caí. Ao utilizar as informações para o planejamento urbano, foi concluído que cada R$ 1 investido poderia gerar um retorno de até R$ 14 em danos e perdas evitadas. Além disso, investimentos na rede de monitoramento de chuvas e rios na bacia do Rio Taquari-Antas poderiam resultar em benefícios de R$ 106 para cada R$ 1 aplicado.
A importância dos dados hidrológicos para a tomada de decisões de órgãos públicos e privados foi ressaltada, assim como a necessidade de investimentos contínuos nos sistemas de alerta da RHN. A prevenção de eventos climáticos extremos pode trazer benefícios significativos para a sociedade, a economia e a preservação dos recursos naturais. O estudo destaca a necessidade de gestão estratégica dos recursos hídricos para garantir a segurança e o crescimento econômico sustentável.