A vacina disponível atualmente requer duas doses, com um intervalo de três meses entre elas. No entanto, não é uma ferramenta imediata para controlar a transmissão da dengue. Estudos demonstram que apenas oito anos de vacinação em larga escala poderiam causar impacto real na disseminação da doença. Dessa forma, a estratégia mais eficaz continua sendo a eliminação dos criadouros do mosquito.
Barbosa também menciona a vacina QDenga, da Takeda, cuja produção ainda é limitada. O Brasil é o maior usuário desse imunizante, e a Argentina também o utiliza. Ambos os países possuem sistemas de vigilância que fornecem informações valiosas sobre a eficácia da vacina na prática.
Sobre a vacina do Butantan, única no mercado em dose única, Barbosa estima que só estará disponível para a população em 2025. Ele destaca a importância de identificar corretamente os óbitos relacionados à dengue, especialmente em casos de comorbidades, para melhorar a eficácia do sistema de vigilância.
No Brasil, a dengue atingiu números alarmantes, com 2,3 milhões de casos prováveis e mais de 800 mortes confirmadas. A maior epidemia já registrada no país exige ações firmes de prevenção e fortalecimento do sistema de saúde para controlar a propagação do vírus e proteger a população.