Antes do início do conflito, Gaza contava com 36 hospitais, segundo dados da OMS. No entanto, com as condições atuais, milhares de pacientes não estão recebendo o atendimento médico necessário. O diretor-geral da OMS ressaltou a urgência em transferir esses 9.000 pacientes para o exterior, para que possam ter acesso aos serviços de saúde vitais, especialmente para o tratamento de câncer, lesões causadas por bombardeios, diálise renal e outras doenças crônicas.
A situação é ainda mais preocupante devido ao bloqueio quase completo imposto ao território, o que dificulta a chegada de ajuda humanitária. Organizações como a ONU acusam Israel de não facilitar a entrada dos suprimentos necessários para atender à população de 2,4 milhões de habitantes de Gaza, concentrados principalmente no sul, na cidade de Rafah e nas proximidades.
Os recentes ataques do Hamas provocaram a morte de civis, elevando o número de vítimas para 1.160, de acordo com informações oficiais israelenses. O Ministério de Saúde do Hamas, por sua vez, afirmou que mais de 32.000 pessoas foram mortas e 75.000 ficaram feridas desde o início da ofensiva israelense em resposta aos ataques do movimento islâmico, sendo a maioria mulheres e crianças.
Até o momento, mais de 3.400 pacientes foram transferidos para o exterior, principalmente via Rafah. No entanto, as autoridades de saúde alertam que é necessário agilizar a aprovação de remoções adicionais para que os pacientes críticos possam receber o tratamento necessário. A OMS e outras organizações internacionais continuam monitorando de perto a situação em Gaza e pressionando por medidas que possam garantir o acesso à assistência médica adequada para a população afetada.