Resultados do IGC revelam desempenho das instituições de educação superior no Brasil: 27,7% com notas altas, enquanto 60,3% obtiveram nota 3.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta terça-feira (2) os resultados do Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC), que avaliou quase duas mil instituições de educação superior, entre públicas e privadas. De acordo com o levantamento, aproximadamente 28% das instituições (554) apresentaram o melhor desempenho, conquistando as faixas 4 e 5 do indicador. Enquanto isso, 60,3% obtiveram nota 3; 11,7% (234) ficaram na faixa 2 e somente 0,3% (6) na faixa 1, com o conceito mais baixo.

Dentre as instituições públicas federais avaliadas, 94 das 111 alcançaram IGC 4 ou 5, demonstrando um desempenho superior, sem nenhuma delas ficando nas faixas 1 e 2 do indicador. Já as instituições comunitárias tiveram um aumento significativo de 31 para 39 instituições nas faixas 4 e 5 entre os anos de 2018 e 2022. Por outro lado, as instituições privadas com fins lucrativos, que representam mais da metade das avaliadas, aumentaram de 183 para 215 instituições com IGC igual a 4 ou 5 no mesmo período.

O IGC consiste na média das notas do Conceito Preliminar de Curso (CPC) e dos conceitos Capes dos programas de pós-graduação stricto sensu, ponderadas pelo número de matrículas de cada curso. Segundo o Inep, nenhuma instituição que oferece cursos de mestrado ou doutorado ficou na faixa 1 do indicador, indicando que a pós-graduação está correlacionada com uma maturidade institucional relevante que se reflete na graduação.

Além do IGC, o Inep também divulgou os resultados de outros indicadores de qualidade da educação superior. O Conceito Preliminar de Curso (CPC) avaliou mais de 8 mil cursos de graduação, dos quais 35,9% tiveram desempenho entre as faixas 4 e 5, 54,4% obtiveram notas médias e 9,5% ficaram nas faixas 2, com apenas 0,2% na faixa 1. O Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) também foi analisado, destacando que as instituições públicas federais e estaduais, assim como as comunitárias, possuem mais de 30% dos cursos nas faixas superiores do IDD.

Esses resultados demonstram uma tendência de crescimento no número de docentes com mestrado e doutorado, bem como uma avaliação positiva, pelos estudantes, das condições de oferta dos cursos de graduação, relacionadas à organização didático-pedagógica, à infraestrutura e instalações físicas, e às oportunidades de ampliação da formação acadêmica e profissional. É importante ter em mente que a qualidade da educação superior é fundamental para o desenvolvimento do país e a formação de profissionais capacitados para atender às demandas do mercado de trabalho.

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