Virgínia Berriel, que coordena a Comissão de Trabalho, Educação e Seguridade Social do CNDH, destacou que a equipe não se sentiu intimidada pela população em situação de rua, mas sim pela polícia. Segundo ela, a polícia tem agredido diariamente essas pessoas, soltando bombas e as tratando como se não fossem dignas de respeito. Ela afirmou que a polícia estava preparando uma operação para atacar as pessoas quando os agentes se aproximaram da equipe. Para evitar problemas, a conselheira teve que mostrar seu cartão de autoridade.
Virgínia Berriel é jornalista e costuma documentar tudo o que presencia. Ao perceber que as agressões estavam prestes a ocorrer, ela decidiu fotografar os agentes de segurança. No entanto, um dos agentes abordou-a e afirmou que ela não tinha permissão para fazer isso. Ela argumentou que estava em missão do CNDH e que tinha o direito de tirar fotos. Após a discussão, o agente se afastou com sua equipe.
A conselheira informou que a equipe seguiu para a Paróquia Nossa Senhora da Paz, na Liberdade, após passar pela Cracolândia. O local desenvolve ações para imigrantes e refugiados. Além disso, eles cumprirão uma agenda ao longo do dia com líderes do movimento das domésticas e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Na quarta-feira (30), devem se reunir com o padre Julio Lancellotti e, na sexta-feira (1º), com lideranças do movimento da população em situação de rua.
A Agência Brasil questionou a Secretaria Municipal de Segurança Urbana sobre o ocorrido, mas ainda aguarda posicionamento. A GCM é subordinada a essa secretaria. O CNDH tem o objetivo de proteger e promover os direitos humanos no Brasil, e a equipe veio a São Paulo para apurar as denúncias de violações contra pessoas em situação de rua.
É importante destacar que a atuação da GCM será investigada e cabe às autoridades competentes apurar os fatos e tomar as medidas cabíveis para garantir que situações como essa não voltem a ocorrer. O respeito aos direitos humanos e a proteção de pessoas em situação de vulnerabilidade são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.