De acordo com o laudo cadavérico elaborado pelo IML, Paulo apresentava uma aparência de um homem caquético, ou seja, enfraquecido e debilitado. A causa preliminar da morte foi apontada como engasgo com algum alimento, levando à broncoaspiração.
O idoso havia recebido alta da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bangu no dia anterior ao óbito, onde estava internado por uma semana devido a pneumonia. Seu prontuário hospitalar indicava que chegou à unidade com dificuldade de locomoção e fala, além de pressão baixa, necessitando de aparelhos para auxiliar na oxigenação.
Registros médicos revelaram que Paulo apresentava episódios de engasgos desde o dia 8, quando deu entrada na UPA. No domingo, ele estava desorientado e pouco responsivo, além de interagir pouco com o examinador, indicando um estado de saúde delicado.
O laudo de necrópsia apontou que Paulo faleceu entre 11h30 e 14h30 de terça-feira e que foi levado por uma mulher chamada Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, para retirar um empréstimo de R$ 17 mil em uma agência bancária. A advogada de Érika afirmou que ela era prima ou sobrinha de consideração do idoso e cuidadora dele.
No decorrer das investigações, constatou-se que Érika foi a responsável por levar Paulo à agência bancária numa cadeira de rodas, despertando suspeitas dos funcionários, que acionaram o Samu ao perceberem que o idoso estava inerte. A advogada da suspeita reiterou sua inocência e defendeu que tudo será esclarecido.
Em depoimento, Érika alegou ser sobrinha do idoso, e um vídeo dos funcionários do banco capturou a tentativa do golpe, onde é possível perceber a aparente manipulação da cabeça de Paulo Roberto por parte da suspeita. Diante desses fatos, o desfecho dessa trama promete ser elucidado no decorrer das investigações.