O general afirmou que, após receber mensagens contraditórias a respeito dos manifestantes que estavam participando dos ataques, decidiu ir ao Palácio do Planalto. De acordo com seu depoimento, ele solicitou reforços com o intuito de evitar a invasão do gabinete presidencial. Ele também fez questão de ressaltar que estava desarmado durante toda a situação.
Durante seu depoimento, o general deixou claro que sua principal preocupação era evitar um confronto que pudesse resultar em violência e até mesmo mortes. Para tanto, ele conduziu os manifestantes para o segundo andar do Palácio, onde seriam efetivadas as prisões.
No entanto, o general Dias fez questão de responsabilizar seus subordinados e a Polícia Militar do Distrito Federal pela invasão que ocorreu no Palácio do Planalto. Segundo ele, essas instituições falharam em conter os manifestantes e permitiram a entrada de pessoas não autorizadas no local.
Outro ponto importante abordado durante o depoimento foi a negação do general a respeito de ordens para adulterar relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Ele deixou claro que jamais recebeu instruções para modificar informações e enfatizou que sempre agiu de acordo com os princípios éticos e profissionais em sua atuação no Gabinete de Segurança Institucional.
Os detalhes revelados pelo general Dias trazem à tona questionamentos sobre a atuação das forças de segurança naquele episódio. A invasão do Palácio do Planalto representa uma grave falha na proteção do presidente da República e coloca em xeque a eficiência das instituições responsáveis pela segurança do país.
A CPMI do 8 de Janeiro continuará suas investigações a fim de esclarecer todas as circunstâncias envolvendo os ataques e a invasão do Palácio do Planalto. O depoimento do general Gonçalves Dias trouxe informações importantes e será utilizado como base para o prosseguimento das investigações.