Apesar da estabilização, as regiões Norte Fluminense e Serrana ainda representam motivo de preocupação, sendo níveis 3, onde o número de casos prováveis está dez vezes acima do limite máximo. Nessas regiões, a taxa de ocupação dos leitos clínicos estaduais tem aumentado, mantendo uma tendência de crescimento.
O boletim também aponta uma queda de quase 40% no número de novos casos prováveis de dengue em todo o estado, passando de 15.761 na semana 12 para 9.508 na semana 14. Diante desses dados, a SES-RJ decidiu manter o decreto de epidemia e continuar monitorando a situação por pelo menos mais duas semanas.
A secretária de Saúde, Claudia Mello, destacou a importância de reforçar as medidas de controle dos focos do mosquito transmissor da dengue, assim como na observação dos sintomas e tratamento dos pacientes. Mesmo com a estabilização do cenário, ainda há números acima do esperado para o momento, principalmente nas regiões Norte e Serrana.
O Panorama da Dengue utiliza um modelo de cálculo epidemiológico, conhecido como ‘nowcasting’, que estima que ainda devem ser notificados cerca de 13.392 casos de dengue no período considerado no levantamento. Até o momento, o estado do Rio de Janeiro registrou 220.548 casos prováveis da doença e 126 óbitos confirmados.
Além disso, o boletim revela uma diminuição nos atendimentos de casos suspeitos da doença nas UPAs estaduais e nas solicitações de leitos para pacientes com diagnóstico inicial de dengue. A faixa etária de 10 a 15 anos, que vinha apresentando redução nas internações, manteve o cenário de diminuição de solicitações por leitos.
O Comitê de Emergência em Saúde (COEs) específico da dengue foi prorrogado por mais 30 dias para continuar acompanhando a evolução da situação no estado. A SES-RJ segue atenta e trabalhando para combater a dengue e proteger a população fluminense.