O representante da União, Ivo Timbó, questionou a classificação da empresa em relação à União, se como “ente político” ou como “grupo”. A União, detentora de 43% do capital da empresa privatizada no governo Bolsonaro, teve seu peso nas votações limitado a 10%. O BNDES e a Previ também endossaram as preocupações apresentadas pelo representante da União.
Durante a assembleia, a União reprovou diversos temas da pauta, incluindo a proposta de destinação de resultado e a fixação da remuneração global anual dos administradores. Além disso, os indicados ao Conselho Fiscal pela União não foram aprovados, demonstrando a discordância entre o governo e a empresa em relação a certas questões estratégicas da companhia.
Apesar das tentativas dos representantes do governo de obter informações claras sobre a participação e peso de votos de cada integrante do “grupo União”, a Eletrobras se recusou a divulgar tais detalhes, alegando confidencialidade. Essa postura gerou questionamentos sobre a transparência e governança da empresa, em um cenário de desconfiança e tensão entre as partes envolvidas.
A relação entre a Eletrobras e os órgãos do governo reflete o complexo ambiente político e econômico em que a empresa está inserida, cercada por interesses divergentes e disputas de poder. O desfecho dessas tensões certamente terá impactos significativos na gestão e rumos futuros da companhia, bem como nas relações de mercado e investimentos no setor energético.