A trágica morte de al-Sawada é um reflexo da realidade experimentada pelos idosos em Gaza durante a guerra. Muitos morreram em bombardeios, por disparos ou em condições de fome, desnutrição e falta de cuidados médicos adequados. A saúde vulnerável dos idosos somada à destruição do sistema de saúde em Gaza agravou ainda mais a situação destas vítimas, que muitas vezes foram esquecidas no caos provocado pelos conflitos.
Naifa al-Sawada não foi a única a enfrentar uma morte solitária e desumana em meio ao conflito. Outros idosos como Sami Mushtaha, de 85 anos, também foram duramente atingidos pelas ações violentas. Um míssil israelense não só arrancou suas pernas, como também matou seus netos, deixando-o preso em uma cadeira de rodas e dependente de cuidados contínuos.
A história de Ibrahim, que nasceu na Nakba e morreu durante a guerra em Gaza, serve como um testemunho doloroso das consequências devastadoras que os idosos enfrentam em um cenário de conflito armado. A falta de acesso a cuidados médicos adequados, aliada à destruição das infraestruturas, torna a vida dos idosos em Gaza um verdadeiro desafio, com muitos deles sobrevivendo em condições de extrema vulnerabilidade.
Em meio ao caos e às perdas desses inocentes, é necessário lembrar que por trás de cada idoso morto há uma história, uma vida, e um legado que foi brutalmente interrompido. A humanidade precisa se perguntar: onde está a compaixão e a solidariedade para com aqueles que mais precisam de cuidados e proteção em tempos de adversidade? A morte de Naifa al-Sawada e de tantos outros idosos em Gaza é um lembrete doloroso de que a guerra não poupa nem mesmo aqueles que mais precisam de misericórdia.