Senador denuncia arbitrariedades e perseguições políticas no Ceará, incluindo censura e intimidação contra jornalistas, em discurso no Senado.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) fez duras críticas às práticas de arbitrariedade e perseguição política no estado do Ceará durante uma sessão no Senado nesta terça-feira (30). Em seu discurso, Girão destacou a censura e intimidação que jornalistas estão enfrentando na região, citando o caso do jornalista Edson Silva e do Portal Custo Ceará, que foram alvo de uma interpelação judicial movida pelo governo estadual por publicarem informações do Diário Oficial do estado.

Para o senador, as ações de intimidação do governo cearense representam uma ameaça à liberdade de imprensa e à liberdade de expressão garantidas pela Constituição. Ele também mencionou a intensificação da perseguição política e do cerceamento da liberdade de expressão, especialmente após a implantação do polêmico Inquérito das Fake News, que completa cinco anos de existência.

Além disso, Girão abordou a questão da violência no estado, ressaltando que o Ceará se encontra entre os cinco estados do país com o maior número de homicídios por 100 mil habitantes. O senador atribuiu essa situação à gestão negligente de uma oligarquia política comandada pelo PT e pelo PDT, que, segundo ele, permitiu o crescimento da influência de facções criminosas na região.

Para Girão, a negligência dos últimos governadores cearenses resultou em um cenário de violência crescente, onde a população vive com medo e as facções criminosas têm cada vez mais controle sobre determinadas áreas. Ele criticou o investimento em propaganda e publicidade ao invés de priorizar a segurança pública, apontando para a falta de efetividade das políticas adotadas até o momento.

Diante desse contexto, o senador alertou para a urgência de medidas eficazes para combater a violência e proteger a liberdade de imprensa no estado do Ceará. Suas declarações foram endossadas por diversas entidades, como o Sindicato dos Jornalistas, a Associação Cearense de Imprensa e a Federação Nacional dos Jornalistas, que repudiaram as ações de intimidação por parte do governo estadual.

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