Professores de mais oito instituições federais entram em greve por reajustes salariais, totalizando 41 universidades em paralisação no país.

Professores de diversas universidades federais e instituições de ensino superior estão se mobilizando para entrar em greve em busca de reajustes salariais. Até o momento, representantes do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) informaram que professores de mais cinco universidades federais, um campus da UFCG e um Cefet já decidiram aderir à paralisação até esta quinta-feira.

Além disso, docentes de mais três instituições já tomaram a decisão de entrar em greve caso não haja acordo com o governo. A expectativa é de que novas rodadas de negociação sejam marcadas até a próxima semana, conforme afirmado pelos representantes sindicais das duas categorias.

Com essas adesões, o número de universidades federais em greve chegará a 41, somando-se a isso cinco institutos federais e um Cefet. A greve é motivada pela insatisfação com a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo, que foi negada pelos professores e técnicos-administrativos federais no dia 26 de abril.

A proposta do governo prevê um reajuste de 9% em janeiro de 2025 e mais 3,5% em maio de 2026, o que foi considerado insuficiente pelas categorias. Enquanto os técnicos administrativos reivindicam um aumento de 37% em três anos, os professores pleiteiam um reajuste de 22%. Com os aumentos já em 2024, o impacto financeiro das medidas é de R$ 8 bilhões para os técnicos e ainda não foi divulgado para os professores.

A mobilização dos docentes e técnicos administrativos já afeta mais de 50 universidades, 79 institutos federais e 14 campus do Colégio Pedro II. A categoria dos técnicos administrativos, representada pela Fasubra, criticou a proposta do governo, alegando que ela não atende às suas demandas e deixa a categoria com salários defasados em relação aos docentes.

De acordo com Daniel Farias, da Fasubra, a disparidade salarial entre as categorias é um dos pontos de revolta dos técnicos administrativos, que possuem os menores salários do funcionalismo público. Com diferentes níveis de remuneração, que variam de R$ 1,5 mil a R$ 4,3 mil, os técnicos buscam um reajuste que contemple suas necessidades e valorize seu trabalho.

Portanto, a greve dos professores e técnicos administrativos das instituições federais continua crescendo, em busca de uma negociação justa e que atenda às demandas das categorias envolvidas. Novas adesões estão previstas para os próximos dias, aumentando a pressão sobre o governo para chegar a um acordo satisfatório para ambas as partes.

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