Segundo o ministro, todas essas armas foram retiradas de circulação devido a atos delinquentes e criminosos em um país onde o crime é tão complexo que até mesmo um ex-presidente, Juan Orlando Hernández, está aguardando uma sentença de prisão perpétua nos Estados Unidos. Hernández, que foi condenado por crimes relacionados ao tráfico de drogas e armas, é acusado de ter criado um “narcoestado” durante o seu mandato de 2014 a 2022.
As autoridades informaram que muitas das armas apreendidas são remanescentes das guerras civis ocorridas na América Central na década de 1980. O ministro Gustavo Sánchez ressaltou que, em algum momento mais recente, essas armas foram trocadas por drogas, evidenciando a complexidade do cenário criminal no país.
A presidente Xiomara Castro decretou estado de emergência em dezembro do ano passado com o intuito de combater a extorsão e outros crimes. A medida, que permitiu que a polícia realizasse prisões sem mandados, deveria inicialmente durar 45 dias, mas foi prorrogada até 19 de maio deste ano.
Durante o estado de emergência, mais de 600 membros de estruturas criminosas foram presos pela polícia. Embora a medida seja semelhante a adotada pelo presidente de El Salvador, Nayib Bukele, menos suspeitos foram detidos em Honduras. A situação de segurança no país ainda é delicada, e as autoridades continuam empenhadas em combater o crime e proteger a população.