A situação se agravou rapidamente, com problemas de abastecimento de energia elétrica e água, acessos bloqueados e até a suspensão das operações no Aeroporto Salgado Filho. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, utilizou as redes sociais para fazer um apelo à população, especialmente aos moradores das proximidades da Fiergs e das vilas Asa Branca, Minuano, Elizabeth, Nova Brasília e Santo Agostinho, para deixarem suas casas o mais rápido possível.
Moradores como Marlene Vargas e Felipe da Silva se viram obrigados a deixar suas residências às pressas, temendo o avanço das águas. Enquanto Marlene aguardava o marido para resgatar seus pertences, Felipe tentava proteger sua casa dos estragos iminentes, levantando móveis e objetos domésticos.
A situação atingiu proporções alarmantes, com a prefeitura trabalhando incansavelmente para conter o vazamento e evitar uma catástrofe ainda maior. A cidade enfrentava a pior cheia desde 1941, com registros de 57 mortos e 67 desaparecidos em todo o Estado.
O desastre climático no Rio Grande do Sul mobilizou a solidariedade de diversos artistas e figuras públicas, que se uniram em campanhas de arrecadação para ajudar as vítimas das enchentes. A tragédia que se abateu sobre Porto Alegre e região deixou marcas indeléveis na população e exigirá um longo trabalho de reconstrução e apoio às famílias afetadas.