Por outro lado, algumas capitais apresentaram quedas nos preços da cesta básica, como Brasília, Rio de Janeiro e Florianópolis. No entanto, a cesta mais cara do país foi observada em São Paulo, onde o conjunto dos alimentos básicos custava em média R$ 822,24, seguida pelo Rio de Janeiro, com R$ 801,15.
Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta básica é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju, João Pessoa e Recife. Essa disparidade nos preços reflete as diferenças regionais e a complexidade do panorama econômico brasileiro.
Com base no custo da cesta mais cara do país, o Dieese fez um cálculo para estimar o salário-mínimo ideal necessário para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família. A conclusão foi que o salário mínimo deveria ser de R$ 6.912,69 em abril, quase cinco vezes o seu valor atual de R$ 1.412,00. Esse dado evidencia a defasagem entre o salário mínimo vigente e a realidade dos preços dos itens básicos de alimentação no país.
Diante desse cenário, a população fica cada vez mais pressionada financeiramente, enfrentando dificuldades para garantir o sustento básico. O aumento nos preços dos alimentos reflete não apenas a inflação, mas também a crise econômica e a desigualdade social que ainda persiste no Brasil. Medidas urgentes devem ser tomadas para garantir que as famílias mais vulneráveis não sejam deixadas à margem desse contexto econômico desafiador.