A lei em questão, conhecida como lei de “influência estrangeira”, exige que Organizações Não-Governamentais e meios de comunicação que recebam mais de 20% de seus recursos de fontes estrangeiras se declarem como agentes estrangeiros. A legislação, segundo analistas e governos europeus, se assemelha a mecanismos de repressão utilizados pela Rússia para perseguir opositores.
As manifestações contra a lei começaram a se organizar desde a madrugada de domingo, e a polícia foi acionada com canhões de água e gás lacrimogêneo para conter os protestos. Imagens compartilhadas online mostram manifestantes sendo agredidos por policiais, gerando críticas e preocupações de organizações internacionais.
O primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Kobakhidze, afirmou que pretende aprovar a lei nos próximos dias, mesmo diante das manifestações contrárias. Kobakhidze disse que mais de 61% da população apoia a medida e não considera as críticas uma ameaça séria.
Por outro lado, a presidente da Geórgia, Salome Zourabichvili, opositora do primeiro-ministro, classificou o projeto de lei como “lei russa”. Ela expressou preocupação com a influência da Rússia na legislação do país. Os Estados Unidos e a União Europeia também se manifestaram contra a implementação da referida lei.
É importante ficar atento ao desenrolar desse caso, pois a violência policial e a possível aprovação de uma lei controversa desencadearam uma crise política na Geórgia, com implicações internacionais e consequências para a democracia do país e sua relação com outros governos e organizações do mundo.