Além disso, Carvalho não poupou críticas à omissão de órgãos fiscalizadores como o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e a Agência Nacional de Mineração (ANM), apontando a necessidade de responsabilização por parte dessas entidades.
O senador também solicitou o indiciamento da mineradora Braskem, bem como de alguns de seus diretores e técnicos, como forma de garantir que haja justiça diante dos danos causados à população local. Por outro lado, o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) destacou a importância do relatório como subsídio para possíveis ações do Ministério Público, visando a revisão de acordos já firmados pela empresa e a efetiva realocação dos moradores afetados, em especial os residentes das áreas monitoradas, como os Flexais.
Dentre as recomendações do relatório, está a sugestão de redução no valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e nos financiamentos dos imóveis nessas regiões, além da fiscalização dos recursos repassados pela Braskem para a prefeitura de Maceió. Em resposta, a empresa afirmou que colaborou com a CPI e reiterou sua disposição em colaborar com as autoridades para esclarecer os fatos.
O relatório deve ser votado no dia 21, e a expectativa é de que as conclusões apresentadas possam subsidiar ações futuras para reparação dos danos causados e a responsabilização dos envolvidos neste grave episódio ambiental.