Em entrevista, Rezende apontou que as regiões costeiras apresentam planícies que dificultam o escoamento da água, além da presença do mar que interfere no processo, especialmente durante períodos de maré alta. Cidades como Recife e Rio de Janeiro estão sujeitas a alagamentos devido à baixa altitude e proximidade com o nível do mar.
O coordenador geral de Operações e Modelagem do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Marcelo Seluchi, ressaltou a preocupação com deslizamentos de terra nas regiões litorâneas do Brasil, devido à concentração populacional, topografia inclinada e chuvas abundantes. Segundo Seluchi, as áreas litorâneas são altamente vulneráveis a deslizamentos de terra.
Os dados apontam que regiões metropolitanas, como a região da Serra do Mar, que abrange partes do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, são propensas a deslizamentos frequentes, principalmente durante o verão. Rezende destacou que a urbanização intensifica o perigo de alagamentos, reduzindo áreas verdes que poderiam reter a água.
Por outro lado, regiões como o Centro-Oeste e parte da Região Norte do Brasil não enfrentam deslizamentos de terra devido à baixa densidade populacional e topografia plana. Nas regiões amazônicas, as inundações são mais espalhadas e podem durar meses devido à planície.
Em suma, as regiões costeiras do Brasil enfrentam desafios significativos em relação a inundações e deslizamentos, sendo importante adotar medidas preventivas para minimizar os impactos desses eventos naturais.